terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Poesia

Você critica meus parênteses 
Não gosta quando emparedo as palavras

Não concordo,
Mas acho que te entendo...
Também me irritam tuas aspas

Mas,

Me incomoda mais teu silêncio ressentido
Não dizendo o que já foi dito,
Pelos teus olhos retirantes,
Pelo arrepio de tua pele,
Pelos espasmos de teu sexo.

Acredite,
Se há uma terceira pessoa na conversa,
Não fui eu quem a convidei.

E todo nosso esforço é ficar a sós,
Mesmo em meio ao público,
Mas quando estamos no forró do garçom gentil,
Somos um casal.

E,
Se não dançamos,
É porque as roupas pesam demais quando se está apaixonado.

Só que nesses últimos tempo,
Você tem sido meu lar.
E é por isso que não esqueço teu nome,
Por isso não sei te esquecer,

Pois, quando peço casa,
Você responde: “oi”.

E quando fala sobre aquilo que não entendo,
Você já aprendeu a saber quando não sei.
E me explica com calma de professora.

Mas tem noites que gostaríamos de nos mudar,
Só pra dividir o lençol pequeno,
Depois que nossos sexos pulsam,
E deixamos nosso corpo filosofar sobre sentimentos,
Já que ninguém mais o faz!

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